"Corrigir uma página é fácil. Mas escrevê-la - ah, amigo! - isso é difícil."

sábado, 25 de dezembro de 2010

Fiz as pazes com o velho Noel!

Devo admitir que aprecio muito a atmosfera natalina. Gosto de ver as casas enfeitadas, os shoppings lotados, o corre-corre, a mesa farta, a troca de presentes, e até… o Papai Noel. Isso mesmo que você acabou de ler. Sou fã do bom velhinho. Tive minhas desafensas com ele anos atrás, pois julgava que estava usurpando o lugar de Cristo. De um tempo pra cá, fiz as pazes com o velho Noel. Antes que alguém me esconjure, deixe-me explicar.

Gosto de ver as casas enfeitadas, porque nesta época do ano elas se tornam mais aconchegantes. Os olhos da criançada brilham enquanto vêem a mãe enfeitando a árvore com penduricalhos e pisca-pisca. Quem não tem uma boa lembrança da infância quando chega este período do ano? Aqui nos Estados Unidos dá pra gente saber quem segue a fé cristã ou não pela maneira como a casa é decorada para o Natal. Geralmente, enchem-nas de pisca-piscas ao redor da casa, luzes coloridas, presépios, bonecos de neve, veados e alces, trenós, etc. Quando uma casa não é enfeitada, presume-se que ali more uma família judia, ou hinduísta, ou de qualquer outro credo, ou mesmo, sem credo. As casas iluminadas contagiam a vizinhança de um clima de celebração. Aqui em casa reunimos os filhos para ajudar na decoração. Esta semana, enquanto eu e Tânia armávamos o pinheiro de natal, lembrei-me de que foi o grande reformador Martinho Lutero quem começou esta tradição. As bolas representavam o fruto do Espírito Santo. O pinheiro foi escolhido porque é a única árvore a sobreviver à estação do inverno nos países onde ele é mais rigoroso sem perder a folhagem.

Por que gosto de ver os shoppings lotados? Não seria isso um culto ao consumismo? Que tal deixarmos um pouco o radicalismo de lado? Primeiro, por conta da explosão de vendas, a indústria e o comércio podem empregar mais gente. A economia do país melhora. E quanto à motivação que leva multidões às compras? Não seria a generosidade, uma vez que a maioria vai aos shoppings para comprar presentes? Não seria isso inspirado no exemplo dos magos que ofertaram ao menino Jesus os seus tesouros? Mesmo que gaste parte do sermão natalino pregando contra o espírito consumista predominante nesta época, gosta de receber presentes ao término o culto. Em vez de criticar quem gaste parte de seu orçamento com lembrancinhas, por que não incentivar que pelo menos uma parte dos presentes seja dada aos mais necessitados? Você sabia que é nesta época que as crianças que vivem em orfanatos recebem mais visitas e presentes? O Natal consegue despertar o melhor que há nos homens.

Gosto de mesas fartas. Alguém aí prefere ver famílias que distribuem seus filhos entre casas de vizinhos e parentes, ou simplesmente vão dormir mais cedo por não terem condição de montar uma mesa com as iguarias natalinas? Não confunda isso com glutonaria! Em vez de criticar, líderes poderiam incentivar os fiéis a não disperdiçarem comida, distribuindo para os moradores de rua no dia seguinte. Toneladas de alimento vão pro lixo um dia depois do natal. Isso é que deveria ser condenado.

E quanto ao Papai Noel? Quer saber por que fiz as pazes com ele? Porque cheguei à conclusão de que não será uma figura imaginária que ameaçará a supremacia de Cristo no Natal. Já houve quem até satanizasse o velinho. Uma igreja na Inglaterra chegou a dizer que o seu nome em inglês seria um anagrama do nome  "Satan". Isso porque seu nome em inglês é Santa Claus, devido à tradição que o associa a São Nicolau. Na mente fértil desta turma, Santa, como geralmente é chamado pela criançada, seria na verdade Satan, bastando trocar a letra “n” de lugar. # Peloamordedeus! Imagina se o meu Jesus ficaria enciumado por causa de um personagem fictício, que no imaginário popular representa generosidade! Por que não usar a própria figura do Papai Noel para anunciar a Cristo às crianças? Seria muito mais produtivo do que simplesmente demonizá-lo. Imagine alguém fantasiado de Noel numa comunidade carente, com o saco cheio de presentes pra criançada, de repente, antes de distribuí-lo, ele anuncia que o verdadeiro presente de Natal é Jesus, dado por Deus aos homens para que tenham vida eterna. 

Cristo jamais foi ameaçado por personagem algum. No Natal há lugar para o magos do Oriente, para os pastores de Belém, para o anjo Gabriel, e pra tantos outros personagens bíblicos, inclusive o malévolo rei Herodes. Noel entra de penetra, mas é bem-vindo. Apesar de ser associado a Nicolau, um cristão primitivo que prezava as crianças, tornou-se num ícone natalino através de uma campanha da Coca-cola nos anos 30. Antes disso, ninguém o reconheceria vestido com aquela roupa vermelha, botas pretas, saco de brinquedos e trenó.

Dito isso, desejo a todos os meus leitores um Natal repleto de alegria e contentamento no Espírito. E que os cristãos não sejam vistos como estraga-prazeres, e sim como aqueles que têm motivo extra pra festejar.

 Texto de Hermes C. Fernandes 


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Ele quis ser homem.



Há homens que querem ser Deus. Para estes, ser Rei não é o bastante, é preciso ir além, na direção do inalcançável, quem sabe, transcender! Isto foi muito comum na história dos povos, onde a deificação de homens comuns os transformou em deuses. Assim foi entre os egípcios, com seus Faraós, entre os gregos, com seus deuses do Olimpo e também entre os romanos, com seus Césars. Entre os Hebreus, conforme o relato da Torre de Babel, vemos homens comuns que alimentaram o desejo de chegar aos céus, ultrapassar a última fronteira, ser como Deus.

A verdade é que há no espírito humano este desejo de tornar-se divindade, de não ser contido por qualquer limite, de inventar, moldar coisas novas. Criamos a imprensa, o telefone, a energia, máquinas das mais diversas, carros, navios e, por fim, quisemos voar. Em pouco tempo, o globo tornou-se pequeno, com aviões indo e vindo de um lado para o outro. Aí pensamos: “por que não sair dele?”. Então, fomos à Lua! Hoje, nossos foguetes vão ainda mais longe. Um dia, quem sabe, poderemos viajar por todo o universo.

Mas não ficamos por aí. Manipulando a natureza criamos combustíveis, aproveitamos o ar, o sol e o curso dos rios para produzir energia, extraímos das plantas medicamentos e desenvolvemos a tal nível a medicina que já podemos curar doenças e transplantar órgãos. Desenvolvemos os computadores, inventamos o celular, criamos satélites, estamos desvendando os segredos do DNA e avançamos no mapeamento do Genoma. Fosse tudo isto pouco, agora queremos clonar a nós mesmos! O homem criando o homem e dando-lhe vida. Chegamos a ser como Deus?

"Todo homem quer ser rei; todo rei quer ser deus; mas só Deus quis ser homem”. Galilleu Gallilei. Frase intrigante... Mas Deus não quis só ser homem, quis ser homem comum, sem beleza, sem realeza, homem de carne e osso, com sangue e suor. Questiono-me: por que Ele fez isto? Para que? Se já era Deus, por que tornar-se homem? Já não tinha tudo! Faltava-lhe algo? Onipotente, onipresente, onisciente! Por que Deus quis ser homem?

Eu lhes digo, utilizando Isaías capítulo 9 que, em primeiro lugar, Deus quis ser homem para poder identificar-se comigo e com você. “povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz”. v.2.

O Deus que encarna é o Filho. Ele veio para mostrar-nos como é o Pai. Havia entre nós profunda separação, enorme abismo, mas Ele, por Sua morte e ressurreição, pacificou nossos corações e nos abriu um caminho para nos reconciliar com o Criador.

Deus quis ser homem para experimentar nossas dores, limitações, medos, contradições, angústias e dilemas. Esvaziou-se a Si mesmo, perdeu Sua divindade, sofreu como homem, morreu como Deus! Era desprezado e dEle não fizeram caso. Foi ultrajado, amaldiçoado, caluniado, incompreendido. Sua existência foi dedicada a compadecer-se dos caídos, salvar os oprimidos, libertar os cativos, “apregoar o ano aceitável do Senhor”. Não sei você, mas eu jamais poderia acreditar num Deus que não sangra... O meu, sangrou até a morte, e morte de cruz.

Em segundo lugar, Deus quis ser homem para que fosse possível realizar-se o Plano da Salvação. “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deus; o governo está sob os seus ombros e o seu nome será: maravilhoso, conselheiro, Deus forte, pai da eternidade, príncipe da paz”. v.6.

Há algo extraordinário no Plano da Salvação: “o Cordeiro foi sacrificado antes da criação do mundo”. A salvação não é um remendo que Deus fez para recuperar as rédeas do jogo, para colocar o homem de volta no trilho original. Não! O Plano de Salvação não foi uma estratégia corretiva traçada por um ser absorto que, despercebido de sua criação, foi surpreendido pela sua queda. Nunca! O Filho sacrificou-se na “eternidade anterior’, antes de haver mundo e homens sobre a Terra e, só depois disto, Deus o criou, homem livre, leve, solto. Deu-Lhe ainda o poder de fazer suas próprias escolhas, mesmo que elas fossem às piores possíveis.

Mas, no “tempo oportuno”, no momento em que houve a convergência do propósito eterno, Deus encarnou e materializou-se historicamente na figura de Jesus de Nazaré para cumprir o que, antes de todas as coisas já havia sido feito, o sacrifício pelo pecado. A cruz não foi apenas fincada em Jerusalém, na Palestina, mas continua fincada na eternidade, no cosmos, e, por meio dela, reconcilia-se com Deus toda criatura vivente em todos os universos possíveis. “O castigo que nos trás a paz estava sobre Ele e por suas pisaduras fomos sarados”. O grito que ecoou na crucificação, ainda ecoa hoje, em todo o coração que se rende a graça de Deus: “Tetelestai” – Está pago! Está consumado!

Em terceiro e último lugar, Deus quis ser homem para que o homem acreditasse que Ele é Deus. “... o zêlo do Senhor dos exércitos fará isto”. v.7. Disse Jesus: “ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”. Tudo começou com amor, e tudo terminará com o amor. Deus é amor! Aquele que ama discerne a Deus, é nascido de Deus, Deus está nele e ele está em Deus.

Eu quero lhe desejar um Feliz Natal! Um Natal que te projete para além do Papai Noel, da árvore enfeitada, dos presentes e do peru. Um Natal com consciência, com entendimento e que, sobretudo, produza desdobramentos em sua vida e na vida de todos que te cercam. Eu quero lhe desejar Feliz Natal porque Jesus quis estar entre nós, identificar-se conosco. Quero lhe desejar Feliz Natal porque o nosso Senhor nasceu em Belém, não como Rei, mas como servo, não no palácio, mas na manjedoura. Ele não tinha anel no dedo, mas tinha autoridade nas mãos, não tinha um cetro de ouro, mas um cajado para nos trazer paz, saúde e bem.

Eu quero lhe desejar Feliz Natal porque tenho a convicção de que você, mais do que nunca, compreende que toda festa só faz sentido porque houve cruz, que toda alegria só tem significado porque houve morte, que a vida de todos nós está compreendida entre a manjedoura e o Gólgota, pois todo presente recebido é nada junto do que o Pai nos enviou, e, porque Ele vive, podemos crer no amanhã... Feliz Natal!
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sábado, 18 de dezembro de 2010

Um Gezuis "legal" e estranhamente familiar!



Nasceu no Palácio de Herodes em Jerusalém, centro do poder judaico. Veio para o que era seu, e os seus o receberam, e com muitas pompas!

Aos doze anos já discutia novas rotas comerciais e estratégias de conquista com os conselheiros reais.

Seu primeiro milagre aconteceu num pomposo casamento na realeza. Transformou a água em suco de caju, não por haver faltado bebida na festa, mas apenas para dar uma gorjeta do seu poder. Poderia tê-la transformada em vinho, vodka, ou até whisky, se quisesse. Mas preferiu não escandalizar a ala mais conservadora e fundamentalista dos religiosos.

Aos 30 anos, foi batizado na piscina da cobertura do palácio, por um dos profetas badalados da época. Enquanto descia às águas, viu-se uma águia, símbolo de conquista, sobrevoar sua cabeça, e uma voz que bradou de algum lugar: Este é o cara! Vai e arrasa!

Saiu dali e foi para uma região praiana, tirar quarenta dias de férias antecipadas. Não precisou ser tentado em nada, pois nunca se negou bem algum. Transformou pedras em pizza, só pra se divertir. E ainda fez malabarismo no pináculo do templo, pra tirar uma onda com os sacerdotes. No final das férias, subiu um monte bem alto, avistou os reinos deste mundo e disse pra si mesmo: Tudo isso me darei!

Quando aproximado por algum gentio, do tipo daquele centurião que tinha um servo enfermo, dizia-lhe: Dá um tempo! Não vim pra vocês, seus impuros, idólatras e ignorantes. E mais: Nunca vi tanta petulância! Onde já se viu? Pedir por um serviçal! Além de gentio, é burro!

Ao deparar-se com um cobrador de impostos desonesto, que subira numa árvore só pra lhe ver, Gezuis lhe disse: Como é que é, meu irmão! Vamos ou não vamos dividir esta grana? Desce logo, que tô com pressa! Hoje me convém me hospedar no melhor hotel da região.

Ao ser tocado por uma mulher hemorrágica, esbravejou: Tira essa louca daqui! Não sabe que a Lei proíbe qualquer aproximação de uma pessoa em seu estado? Imunda!

Por onde passava, seus discípulos estendiam um cordão de isolamento, para que leprosos, morféticos, cegos, endemoninhados, e todo tipo de gente asquerosa não ousassem se aproximar do Rei da cocada preta.

Diferente era o trato que dispensava aos fariseus e religiosos da época.

Venham a mim, todos os que querem alguma vantagem da religião. Vocês serão cabeça e não cauda. Comerão o melhor da terra! Unam-se a mim, e eu lhes farei milionários. Aprendam comigo, que sou malandro e esperto de coração. Espertos são os que riem da desgraça alheia. Espertos são os que gostam de ver o circo pegar fogo. Espertos são os que têm fome e sede de sucesso. Eu saciarei seu ego!

Quando procurado por um jovem rico, disse-lhe, sem o menor pudor: Quer fazer sociedade? Vamos rachar esta grana? Vai ter um lugar especial no meu reino, garoto...

E quando entrou em Jerusalém montado naquele exuberante manga-larga branco 0 km? Foi tremendo! Não tinha pra ninguém!

- Cruz? Que cruz? Tá doido? Cruz é pra gente como Jesus, aquele nazareno nascido numa manjedoura. Eu vim pra ter vida, e vida com abundância. Quem quiser vir após mim, passa tudo o que tem pra minha conta, e me siga. Ou tudo ou nada! Ou dá ou desce!

Revolucionário? Que nada! Graças a um conchavo político feito às escuras com o Império Romano, Gezuis garantiu para si a sucessão de Herodes, e viveu muitos e muitos anos.

Ao morrer, farto de dias, Gezuis confiou seu legado a um grupo de discípulos seletos, que juraram que sua mensagem jamais seria esquecida, e que ao longo dos séculos, sempre haveria quem a promovesse em sua própria geração. Partiu ordenando que cada um dos seus discípulos lhe beijasse os pés, em sinal de submissão. E que aprendessem a se servir uns dos outros, e ainda se servir dos poderes constituídos, sem jamais criticá-los ou censurá-los.

Promessa feita, promessa cumprida.

Basta ligar a TV, o rádio, ou mesmo acessar a internet, para se dar conta de quantos discípulos desse Gezuis ainda dão eco à sua mensagem.

Fico "cá com meus botões" a pensar: Será que os evangélicos de nossa nação conseguirão distinguir a diferença? Será que um dia Jesus o Cristo de Deus será de fato conhecido e adorado em nosso meio? Do jeito que a coisa anda, a resposta a essas peguntas parece cada vez mais longe de se obter um SIM!
                                                                       Texto de Hermes Fernandes
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Suicídio intelectual.



O mal maior que a religião mística dos evangélicos de hoje pode causar num cristão, além da perca de sua salvação é o “suicídio intelectual”, por quê?


Ora! Se uma pessoa crê piamente que se tomar banho com alguns tipos de ervas e folhas que o seu “pastor” recomendou, vai curá-la de determinada enfermidade ou livrá-la de espíritos opressores, ou mais, trazer-lhe prosperidade financeira, essa pessoa está obviamente anulando sua capacidade de raciocínio (suicídio intelectual).


Vou mais além!


Este episódio aconteceu comigo, eu não li, eu não ouvi alguém contar, eu estava lá e presenciei o fato que vou narrar:


A igreja era uma dessas que tem “Reino de Deus” no nome, mas existe um abismo enorme que a separa deste “Reino”. Pois bem! A mulher estava angustiada porque seu filho estava preso (devo deixar subentendido que o rapaz cometeu delitos e fora pego em flagrante), então ela estava com o dinheiro que iria pagar ao advogado para tentar libertá-lo. Foi quando eu ouvi a voz do “pa$tor”, que estava com um martelo de juiz em uma das mãos e vestido à caráter, dizendo:


- Pega esse dinheiro que você vai dar ao advogado e faça um voto com Deus, pois Jesus é seu advogado e ele vai interceder junto ao Senhor, que irá julgar a sua causa, e você sairá vitoriosa!

Vamos ao absurdo:


Deus é justo! Então Ele julga com imparcialidade, certo?!
 E como é que Ele vai livrar da punição uma pessoa que cometeu delitos graves, foi presa e confessou os crimes? Ele pode até julgar a causa (eu não discordo disso), mas dar “causa ganha” para um criminoso não arrependido, eu acho difícil.


Mas o pior é que a mulher (pobre alma) deu todo o dinheiro que tinha naquele momento. Será que ela parou pra PENSAR? A resposta é simples: Não! (suicídio intelectual)


Infelizmente isso vem acontecendo em boa parte das igrejas evangélicas do Brasil e do mundo. “Falsos pastore$” que não passam de mercenários, enganando meus irmãos e conduzindo-os à morte espiritual, porque pessoas como essa mulher, que fazem certos tipos de “votos” e não alcançam a “benção”, acabam frustradas a tal ponto, que não querem mais saber de Deus (como se Deus tivesse culpa). E o argumento desses BANDIDOS é que a pessoa (vítima) não teve fé suficiente, ou está em pecado, ou usam o chavão: “Deus sabe o que faz” (ou seja, botam a culpa em Deus)


Vamos acordar irmãos! Devemos servir a Deus, não pelo que Ele pode nos dar, mas sim pelo que Ele é, e pelo que Ele já nos deu (seu filho Jesus o Cristo, como nosso único e suficiente salvador). Busquemos a Jesus que é nosso alvo, e como conseqüência dessa busca teremos a salvação, mas salvação para vivermos com Deus eternamente, não salvação das dívidas (que você mesmo fez).


Vamos clamar por RESTITUIÇÃO, mas não essa restituição que nós ouvimos em alguns louvores (louvores?) de sucesso no meio go$pel. Musicas que mais parecem ORDENS a Deus (...Restitui! eu quero de volta o que é meu!...). Não irmãos! A restituição que nós devemos almejar e buscar com afinco é aquela ANTIGA fé dos apóstolos, aquele amor fraternal que existia na igreja primitiva, e que nos foi ROUBADO pelo descaso com que nos ensinaram a “crer” em Deus.


A restituição do temor e da reverência a Deus! A restituição do entendimento e da consciência de que Deus nos observa todo o tempo (lembre-se de Jó)


Crer também é Pensar irmãos, e Deus quer que nós pensemos e arrazoemos com Ele. “Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como carmesim, se tornarão como a branca lã.” (Isaías 1-18)


Alguns pregadores da “teologia da prosperidade” desprezam o papel da razão no desenvolvimento da fé cristã, afirmando que ela desvia o cristão da espiritualidade. Vemos no texto de Isaías que o próprio Deus chama o povo à razão. Sem dúvida, Deus demonstra que a razão é importante para o cristão. No versículo em estudo, a palavra Hebraica para razão (yakah) é um termo jurídico muito utilizado para discutir questões. Cada uma das partes apresenta evidências convincentes, produzindo argumentos conclusivos que davam testemunho dos fatos.


Quando Deus criou o homem à sua imagem (Genesis 1:26-27), certamente incluiu a capacidade da razão. “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo teu ENTENDIMENTO, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” (Marcos 12:30 mas leia o capítulo completo) Sejam como os Judeus de Beréia (Atos 17:11), recebam a palavra de Deus de bom grado, mas examinem se as coisas são assim mesmo nas Escrituras.


“O que faz o mundo se mover não são as respostas e sim as perguntas”

                                                                Texto de Edson Moura, adaptado por J. Henrique.
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sistemas? Sou do contra e não abro!


Muitos obreiros, irmãos e jovens me abordam no sentido de buscar conselhos e orientações por suas frequentes frustrações, desilusões e decepções diante da crescente corrupção, hipocrisia, secularização e da perda de rumo de alguns setores e denominações evangélicas no Brasil.

O quadro é tão grave que alguns, além de se afastarem do "sistema" (igrejas, convenções, concílios etc), não desejam sequer serem chamados mais de evangélicos.

Lendo a Bíblia, entendi que sair de um sistema (igrejas, convenções, concílios etc) nem sempre é a atitude adequada ou possível.

Estar (fisicamente) num sistema, não significa necessariamente "ser" (essencialmente ou ideologicamente) deste sistema.

Numa perspectiva macro, Jesus falou disso em João 17.14-18, onde substituirei no texto o termo "mundo" (sistema macro caído influenciado por satanás) por "sistema" (setores e denominações evangélicas influenciados pelo sistema macro):

Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o "sistema" os odiou, porque eles não são do "sistema", como também eu não sou. Não peço que os tires do "sistema", e sim que os guarde do mal. Eles não são do "sistema", como também eu não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao "sistema", também eu os enviei ao "sistema". (Jo 17.14-18)

Percebe-se no texto a possibilidade clara de "estar no", sem "ser de".

Os profetas bíblicos não foram enviados de outras nações (sistemas politicamente constituídos) para profetizar contra os pecados de Israel e Judá. Eles viviam no sistema (nação israelita e judaica politicamente constituída), e do sistema foram levantados contra o próprio sistema (nação politicamente constituida e influenciada pela idolatria, imoralidade, violência, corrupção, suborno, injustiça social etc).

Foi dessa forma que para Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Ananote, na terra de Benjamim, o Senhor falou:

Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença. Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muro de bronze, contra todo o país (sistema), contra os reis de Judá (sistema), contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar." (Jr 1.17-19)

Observe que Jeremias era filho de sacerdote e morador de Benjamim. Ele estava diretamente relacionado com o sistema em termos religiosos e políticos, mesmo assim, o SENHOR o escolheu de dentro do sistema para se posicionar contra o sistema, sem se isolar do sistema:

Olha que hoje te constituo sobre as nações (sistemas) e sobre os reinos (sistemas), para arrancares e derribares (nos sistemas), para destruíres e arruinares (os sistemas) e também para edificares e para plantares (nos sistemas). (Jr 1.10)

Ezequiel é um outro exemplo de profeta cuja origens remonta à família sacerdotal (ministros religiosos do sistema). Dele no diz a Bíblia:

Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativerio do rei Joaquim, veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR. (Ez 1.1-3)

Ezequiel não apenas estava no sistema, como, inclusive, foi vitimado pelas consequências da desobediência a Deus que dominava o sistema, sendo levado cativo para a Babilônia junto com os demais integrantes do sistema.

Isaías tinha uma alta posição social no sistema, visto a liberdade com que transitava na corte real (Is 7.3-17; 39.3), a maneira como intervinha em questões de Estado (Is 37.5-7) e como se relacionava com os sacerdotes e portadores de altos cargos (Is 8.2). Mesmo assim, com toda esta liberdade e envolvimento com ilustres personagens do sistema, foi de dentro deste sistema e para profetizar contra este sistema que o Senhor o levantou.

Mesmo os profetas que não estavam muito próximos do centro do sistema (Jerusalém e Samaria), como é o caso de Elias (1 Rs 17.1), Amós (Am 1.1), Miquéias (Mq 1.1) e Naum (Na 1.1), de alguma forma se relacionavam com o sistema.

Sim, é possível estar no sistema sem ser do sistema.

É possível conviver no sistema e ser contra o sistema.

É possível realizar coisas boas no sistema e denunciar as coisas ruins do sistema.

É possível arrancar e derribar no sistema e também edificar e plantar no sistema.

É possível ser voz e arauto de Deus "no" e "para" o sistema.

É possível ser santo e íntegro no sistema.

É possível não se vender e não se render ao sistema.

É possível influenciar positivamente no sistema, sem ser influenciado pelo sistema.

É possível ainda imitar Jesus.


                                                             Texto do pastor Altair Germano.
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Pragmatismo! Sua igreja tem?


E todos os poços, que os servos de Abraão, seu pai, tinham cavado em seus dias, os filisteus entulharam e encheram de terra.
E tornou Isaque a cavar os poços de água que já se havia cavado nos dias de seu pai e que os filisteus entulharam depois da morte de Abraão e chamou-os pelos mesmos nomes que os chamara seu pai.
                                                                                                                                                                                                 GENESIS 26: 15 e 18.


A igreja tem assimilado a filosofia mundana do pragmatismo e já começamos a experimentar os amargos resultados dessa atitude.

Mas o que é pragmatismo?

É a noção de que o significado ou valor de algo é determinado pelas conseqüências práticas.

Para um pragmatista, se uma determinada técnica ou método de ação resulta no efeito desejado, a utilização de tal método é válida. Se parece não produzir resultado, então não tem valor (precisa acabar ou pelo menos mudar por algum tempo).

O pragmatismo como filosofia foi desenvolvido e popularizado no final do século 19 pelo filósofo William James, junto com outros intelectuais famosos como John Dewey e Geoger Santayana. Foi William James que deu nome e molde à nova filosofia.

O pragmatismo tem suas raízes no darwinismo e no humanismo secular. Em última analise, o pragmatismo define a verdade como aquilo que é útil, significativo e benéfico. As idéias que não parecem úteis ou relevantes são rejeitadas como sendo falsas ou desnecessárias.

Mas o que há de errado com o pragmatismo, então? Afinal de contas o bom senso requer uma dose de pragmatismo legítimo, não é mesmo? Se uma torneira que vazava constantemente volta a funcionar após ter sido substituído o reparo gasto, é razoável supor que o problema estava no “reparo gasto”. Se um medicamento receitado por seu médico tem efeitos colaterais, ou se não produz o efeito desejado, você precisa solicitar-lhe um remédio que funcione. Realidades pragmáticas simples como essas, são, por si mesmas, óbvias.

Mas quando o pragmatismo, entretanto é utilizado para formularmos juízos acerca do certo e do errado ou quando se torna a filosofia norteadora da vida, da teologia e do ministério, acaba inevitavelmente, colidindo com as Escrituras. A verdade espiritual e bíblica não é determinada baseando-se no que “funciona” ou “não funciona”.

Sabemos por intermédio das próprias Escrituras, por exemplo, que o Evangelho frequentemente não produz uma resposta imediata, positiva das pessoas que o recebem (I Cor. 1:22,23; 2:14). Por outro lado, as mentiras satânicas e o engano podem ser bastante eficazes nesse objetivo (Mt. 24:23e24; II Cor 4:3e4).

A reação da maioria não é um parâmetro seguro para determinar o que é valido (Mt. 7:13 e14). O pragmatismo como filosofia norteadora de um ministério é inerentemente defeituoso e como uma prova para a veracidade do método é satânico.

Entretanto, um irresistível surto de pragmatismo está permeando o evangelicalismo em nossas igrejas hoje. A metodologia tradicional (Antigos poços D’água) – especialmente a pregação – está sendo descartada ou entulhada em favor de novos métodos, tais como dramatizações, danças, comédias, variedade grandiosa de atrações (principalmente em prol do público jovem) e outras formas mais de entretenimentos sociais. Esses novos métodos são supostamente mais “eficazes”, ou seja, atraem mais pessoas. E visto que, para muitos, a quantidade de pessoas nos cultos se tornou o principal critério de uma igreja, aquilo que mais atrair publico (em nome de Jesus) é aceito como bom método, sem uma análise crítica. Aliás, critica é uma palavra indigesta para uma boa quantidade de lideres e pastores, que contrariando o principio bíblico de examinar a si mesmo, refutam de imediato qualquer crítica, atribuindo a intenção de quem faz criticas à coisas do diabo ou a quem só quer destruir a “obra de Deus”.

Alguns lideres eclesiásticos aparentemente pensam que as quatro prioridades da igreja apresentada no livro de Atos – a doutrina dos apóstolos, a comunhão, o partir do pão e as orações (Atos 2 : 42) – constituem uma agenda insuficiente para a igreja de nossos dias. Algumas das maiores e mais influentes igrejas evangélicas agora ostentam cultos dominicais que são planejados com o propósito de serem mais divertidos do que reverentes. Eles estão consentindo que a dramatização, a música, a recreação, o entretenimento, os programas de auto-ajuda e eventos “divertidamente bíblicos”, obscureçam o culto e a comunhão dominical tradicionais. Alias na igreja contemporânea tudo parece estar na moda, exceto a pregação bíblica. O novo pragmatismo encara a pregação bíblica (particularmente a expositiva) como antiquada. Proclamar de modo claro e simples a verdade da Palavra de Deus é visto hoje como ingênuo, ofensivo e ineficaz. Dizem-nos que obteremos melhores resultados se, primeiramente, entretivermos as pessoas ou lhes oferecermos dicas a respeito de como serem bem sucedidas e lhes ministrarmos “psicologia popular”, cortejando-as assim para que façam parte do nosso grupo. E uma vez que se sintam bem, estarão dispostas a receberem a verdade bíblica em doses homeopáticas e diluídas.

É incrível, porém muitos crêem que essa é uma tendência positiva, um tremendo avanço para a igreja moderna.

Há pastores se voltando para livros de marketing em busca de técnicas que ajudem no crescimento da igreja.

Essas propostas que nos convidam a pregar menos e a fazer mais determinadas outras coisas, naturalmente não são nenhuma novidade. Podemos pensar que tudo isso é relativamente novo ou que é o carimbo da modernidade, censurar ou depreciar a pregação, pondo a ênfase sobre essas outras coisas. A sua forma externa pode ser nova, mas o principio certamente nada tem de moderno, de fato, tem sido a ênfase especifica do presente século.

Estou convencido de que o pragmatismo representa a igreja de hoje a ameaça mais letal à saúde doutrinaria de qualquer denominação séria, pois ele insurge de dentro da igreja. Muitos cristãos parecem inconscientes (ou não estão querendo enxergar) a respeito dos sérios perigos que ameaçam a igreja por dentro. Porém se existe algo que a história nos ensina, este ensino é que os ataques mais devastadores desfechados contra a fé sempre começaram com erros sutis surgidos dentro da própria igreja.

E por viver em uma época tão instável, a igreja não pode se dar ao luxo de vacilar. Ministramos hoje a pessoas que buscam desesperadamente respostas, por isso, não podemos amenizar a verdade ou abrandar o evangelho. Se fizermos amizade com o mundo, nos tornaremos inimigos de Deus. Se nos dispusermos a crer em artifícios mundanos (teatros, dances, show, etc.) estaremos automaticamente abrindo mão do único método confiável, deixado por Deus desde que a igreja nasceu: a exposição completa das Escrituras alicerçada no real poder do Espírito Santo.

Por favor não interprete minha preocupação de forma errada. Não estou preso a este ou aquele estilo de culto, liturgia ou ministério, para ter que ouvir as respostas pré-prontas de que cada um tem que estar na igreja que “gosta”. Essa idéia de que as pessoas tem que procurar um lugar que se adaptem aos seus gostos pessoais de “cultuar” é para mim um erro profundo, teológica e psicologicamente falando. Essas coisas, em si mesmas, nem são questões abordadas nas escrituras. Também não ouso pensar que minhas preferências (pois todos nós as temos) em tais assuntos superem o gosto dos outros. Não alimento qualquer desejo de defender ou de fabricar regras arbitrarias a fim de decidir o que é aceitável ou não nos cultos da igreja. Fazer isso seria a própria essência do legalismo.

Minha contenda é contra uma filosofia que relega a Deus e a Sua Palavra um papel secundário na igreja. Pois creio que colocar o entretenimento acima da pregação bíblica e da adoração no culto é contrario as Escrituras. Oponho-me àqueles que acreditam que as habilidades humanas podem conquistar pessoas para o Reino de Deus com maior eficácia do que o Espírito Santo possa fazer. Essa idéia de que poderemos ganhar pessoas para fé cristã, só lhes mostrando que, afinal de contas, gostamos das mesmas coisas que elas almejam no mundo é uma descaracterização da imagem e identidade da igreja de Cristo na terra, uma arma apontada contra a própria igreja.

O entretenimento está rapidamente se tornando a liturgia da igreja pragmática. Além do mais, muitos na igreja crêem que essa é a única forma pela qual haveremos de alcançar o mundo. Por isso, dizem-nos que, se as multidões de pessoas que não freqüentam as igrejas não querem ouvir pregações bíblicas, devemos dar-lhes aquilo que desejam. Centenas de igrejas têm seguido à risca essa teoria, chegando a pesquisar os incrédulos a fim de saber o que é preciso para que estes passem a freqüentá-las. Sutilmente, em vez de uma vida transformada, é a aceitação por parte do mundo e a quantidade de pessoas presentes aos cultos o que vem se tornando o alvo maior da igreja contemporânea.

Quero deixar claro mais uma vez, que não estou buscando contendas filosóficas a respeito da fé. Aqueles que me conhecem pessoalmente afirmarão que não gosto de qualquer tipo de contendas ou de disputas. Por outro lado, há um fogo que reside em meu ser constrangendo-me a falar abertamente sobre tais considerações que relato aqui e que estão sendo praticadas intensamente no seio da igreja. Não posso ficar quieto quando há tanto em jogo.

É com essa atitude que ofereço este pequeno resumo do prefácio de um livro, que todo pastor que exerce a função do pastoreio de almas e que rejeita a idéia de que pastor é um cargo de elite eclesiástica se auto comparando com os sumos sacerdotes do antigo testamento, não deveria deixar de ler. COM VERGONHA DO EVANGELHO de John F. Macharthur Jr.

Espero que ninguém considere isso como um ataque a qualquer pessoa ou ministério em particular. Ele não é. Trata-se de um apelo à igreja como um todo em questões de principio, não de personalidades. Embora sabendo que haverá discórdia com relação a maior parte do que escrevi, procurei escrever sem ser ofensivo. Sei que há questões a respeito das quais muitas pessoas têm convicções profundas. Quando tais questões são abordadas – em especial, quando as opiniões são apresentadas sem rodeios – as pessoas, às vezes ficam zangadas. Eu não escrevi manifestando rancor, e solicito a quem ler que receba este alerta no mesmo espírito com o qual escrevi.

Minha oração é que essas linhas despertem e estimulem a sua maneira de pensar, de tal forma a impelir você a uma auto-análise de seu ministério à luz da Palavra de Deus, “para ver se as coisas” são “de fato assim”(Atos 17: 11). Oro para que o Senhor livre a sua igreja do mesmo tipo de deslizamento ladeira abaixo, que tantas outras já mergulharam, exaurindo todo seu vigor espiritual, restando apenas as forças carnais do mundanismo e da incredulidade à Sã Doutrina. Oro ainda para que, assim como Isaque, possamos não procurar novas fontes de metodologias modernas, mas reabrir os antigos poços entulhados, que em dias anteriores nos saciavam a sede.

Ovelhas e não bodes têm verdadeiramente sede de água viva. Então, desentulhem os poços!

Será que um homem que ama o seu Senhor estaria disposto a ver Jesus vestindo uma coroa de espinhos, enquanto ele mesmo almeja uma coroa de louros? Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? Não seja tão fútil em sua imaginação. Avalie o preço; e, se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte a sua propriedade ou ao seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita-me a sussurrar em seus ouvidos: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”?
                                               Charles Haddon Spurgeon.
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Testemunhas de Jeová. (O que está por trás?)

 


Você já viu alguém tocar a campanhia de sua casa, no domingo de manhã, bem na hora que você se levantou para ir ao banheiro e decidir que vai dormir mais porque a EBD da sua igreja é chata e você já conhece a Bíblia o sufinciente. Então nesse momento você abre a janelinha da porta de entrada de sua casa e diz: São eles!? Vou recebe-los!  Eu gosto de evangelizar as TJs com amor, não com sono, porque vira pesadelo. Vou mostrar-lhes o que é ser um cristão autêntico.
 No entanto tenho um alerta a lhe fazer, além do seu descaso para com a Escola Bíblica Dominical. É que, considero o método de "evangelismo" dessa seita um dos mais ardilosos entre tantas outras. Sabe por quê? Porque eles jamais põem as cartas na mesa. Deveriam, com toda a honestidade, apresentar-se da seguinte forma:
 
 - Bom dia! Tudo bem com você? Meu nome é Charles e o do meu companheiro é Russell. Estamos nesta manhã falando com seus vizinhos e é um prazer conhecê-lo. Gostaríamos muito que o senhor se tornasse Testemunha de Jeová, porque nós somos um grupo com as seguintes crenças:
  • Só nós somos a única religião verdadeira e, por isso, se Jesus voltasse hoje, apenas 1 em cada 1.000 pessoas poderia ser salva.
  • Somos um povo que recusa doar sangue ou receber uma transfusão de sangue. Inclusive, se o senhor desejar armazenar seu próprio sangue para usar numa cirurgia 15 dias depois, não poderá fazê-lo.
  • Todavia, aceitamos remédios feitos com frações de sangue dos outros, mas nós mesmos não doamos sangue para ajudar a fabricar esses remédios para beneficiar outras vidas.
  • Agora, preste atenção nisso senhor: Nós somos a única religião no mundo que já mudou 314 vezes de ensinos, ou até mais, porque a Bíblia diz que a luz brilha para o justo mais e mais, até ser dia (Provérbios 4:18), assim, se mudamos de ensinos é porque a luz de Jeová está sobre nós, não sobre as outras religiões.
  • Outra coisa importantíssima sobre nós, senhor: Nossos filhos e nem nós comemoramos aniversários natalícios, natal e ano novo, e nem aceitamos presentes referentes a essas festividades, a menos que nos sejam dadas no dia seguinte. Assim, nem bolo de aniversário, ou ovo de páscoa, comemos no dia dessas celebrações, pois são coisas do diabo, de origem pagã. Todavia, usamos alianças de casamento e vestidos de noiva, cujas origens são pagãs também, mas perderam seu significado religioso.
  • Somos a única religião no mundo que já previu, por zelo e confiança na Bíblia, a volta de Jesus para 1914, 1925 e 1975, inclusive, na última vez, em 1975, alguns dos nossos tiveram tanta fé em Jesus que chegaram até a dizer: "Se Jesus não voltar em 1975, a Bíblia é mentirosa", e outros chegaram a vender seus bens, principalmente em 1974, para gastar seu dinheiro com a pregação de casa em casa nos últimos meses antes de Jesus voltar. Que zelo, não acha?
  • Somos também, de acordo com Mateus 24:45-47, a única religião cujos líderes recebem de Jeová, através do Escravo Fiel e Discreto, conhecido como Corpo Governante, o alimento que Ele nos dá, ou seja, alimento espiritual, na forma das páginas de nossas revistas, A Sentinela e Despertai! e outras publicações. Assim, ninguém de nós pode discordar dos ensinos de nosso querido Corpo Governante, composto hoje por 8 pessoas, pois se discordarmos deles, seremos expulsos da nossa Associação, e perdendo o contato com eles, segundo a revista A Sentinela de 1 de agosto de 1982, página 27, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia".
  • Somos também a única religião no mundo que expulsa de verdade quem não segue a verdade direito, e quando expulsamos, (preste atenção senhor!!!!), ninguém de nós pode conversar com essa pessoa expulsa, nem dizer oi para ela, e se essa pessoa expulsa for nossa mãe, poderemos, se quisermos, conversar só o necessário com ela, conforme o Folheto chamado Ministério do Reino, de Agosto de 2002, página 4, parágrafo 13.
  • Somos também a única religião a ter a melhor Tradução da Bíblia do Mundo!!! Sabe, dos 400 eruditos em grego e hebraico reconhecidos mundialmente, 20 elogiam a nossa Bíblia. Eu disse 20!, e todo eles pertencem às religiões falsas que nós sabemos que serão destruídas por Deus através de todos os políticos que fazem parte da ONU, que é a imagem da Besta do Apocalipse.
  • Somos a única religião verdadeira no mundo, inclusive, que proíbe nossos irmãos de lerem livros das religiões falsas, mas graças a Jeová podemos usar os Dicionários e Cometários que esses 20 peritos em grego e hebraico lançaram, para provar que a nossa Bíblia é a melhor que existe!
  • Senhor, não que pretendamos cansá-lo, mas somos a religião verdadeira porque ensinamos nossos irmãos a não irem nas guerras, expulsando inclusive uma TJ que se tornar policial, porque policial serve ao diabo. Mas olha que Deus maravilhoso que adoramos: Deus permite que a gente, quando nossa casa está sendo assaltada, chame a polícia, ou seja, o servo do capeta para prender e se precisar até matar o bandido! É verdade! Não é maravilhoso servir a Jeová, que usa até os servos do capeta para prender ou matar quem rouba da gente?
  • Olha, estou tão empolgado em falar sobre a verdade. Permita-me apenas mais alguns minutinhos. Senhor, somos a única religião verdadeira porque anulamos nosso voto nas urnas, por não confiarmos nos governos humanos. Todos eles, conforme Daniel 2:44, serão destruídos, porque servem ao Diabo. Mas claro, o nosso Deus Jeová permite que, quando precisemos de uma ajuda dos políticos, para nos doar um terreno para construir um Salão do Reino, ou nos beneficiarmos de alguma emenda, então podemos pedir a ajuda desses servos do Diabo! Lindo, não acha?
  • E sobre o Tiro-de-Guerra, ou servir ao Exército, Marinha ou Aeronáutica? O senhor nem faz ideia do que pensamos! Quando nossos jovens vão se alistar, entramos com pedido de eximição à prestação do Serviço Militar, porque quem tem a reservista tem um documento do Diabo, pois significa que está alistado para guerrear se for necessário. Com isso, já aconteceu de muitos de nossos jovens perderem os direitos políticos, não poderem concorrer a vagas públicas, e perdem tudo isso por amor a Jeová. Mas nem tudo é tão ruim! Os nossos anciãos (pastores) que se tornaram TJs depois de seu alistamento militar não precisam entrar nas Juntas de Serviço Militar para cancelarem suas reservistas. Isso não é também maravilhoso?
  • Ah, lembrei de algo importante: Nós, TJs, acreditamos que 99,8% de nossos irmãos só seremos filhos de Deus daqui, no mínimo, mil anos, e isso se passarmos no teste final. Por enquanto, somos amigos de Jeová, não filhos. Mas não se desespere, senhor, pois dentre as quase 8 milhões de TJs no mundo, há umas 10 mil que são filhos de Deus, porém ainda não estão salvas, mas são junto com os 99,8% candidatas à salvação. E só esses 10 mil podem tomar do pão e do vinho, naquilo que o senhor chama de Ceia. O senhor nem imagina como fico emocionado de, uma vez por ano, estar nessa comemoração da morte de Jesus, e nunca ter tido a oportunidade de ver alguém tomando do vinho e comendo do pão! Ah se Jeová me concedesse esse privilégio!
-Ah senhor, queria tanto falar mais, mas o tempo não nos permite. Quando poderíamos estudar a Bíblia juntos?
 
Então, você sabe por que as TJs não falam isso na primeira visita? Porque são sinceramente enganadas a esconder sua hipocrisia, seu fundamentalismo e seu orgulho doutrinário. Isso é característico de quem faz lavagem cerebral. Eu sofri isso, na forma de doutrinamento. E sabe o que as TJs responderiam diante do que escrevi acima? Que nós escondemos a verdade também, por não revelar de "cara" que há pastores ladrões, maçons, falsos profetas em nosso meio. Todavia, a Bíblia não ensina a ser assim, por isso nos atemos às doutrinas, não ao comportamento incorreto de quem as ensina. E agora o que dizer das TJs - Será que "de cara" falam no que crêem e praticam? É certo que não!
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