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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Quem é o seu "Wilson"?

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O filme “O Náufrago” foi sem dúvida um dos melhores que assisti em minha vida. Chuck Noland, um engenheiro de sistemas da FEDEX, ao despedir-se de sua noiva para realizar uma viagem de rotina, sofre um acidente de avião e se vê abandonado numa ilha remota como único sobrevivente do desastre. Na história impressionante de Robert Zemeckis interpretada pelo ator Tom Hanks, Chuck tem de sobreviver a qualquer custo, pois está privado de todas as regalias da vida contemporânea, tendo consigo apenas alguns poucos destroços do avião que foram parar na praia. Seu único consolo é a foto da mulher que ama presente dentro de um pequeno colar que recebera momentos antes de viajar. O filme trata de um tema muito relevante, que é a necessidade de um homem social, acostumado a relacionar-se e manter interações intensas com pessoas, de repente, vê-se isolado de tudo e de todos. Na sua ânsia de comunicar-se para não enveredar por um estágio de loucura, entra então em cena um personagem inusitado, a...

Mudanças fluem como um rio.

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Algumas pessoas são bem observadoras, e não são poucas às vezes os comentários que ouço sobre o quanto mudei nos últimos anos – se bem que não precisa ser muito observador para se perceber isso. Enfim, a mudança – creio eu – é algo inerente ao ser humano. A célebre frase “ phanta rhei ” (tudo flui) usada por Heráclito (540-480 a.C.), resume muito bem essa questão de mudança. Segundo a concepção de Heráclito tudo está em movimento e nada dura pra sempre; o dia vira noite, a noite vira dia, o vapor se transforma em líquido que por sua vez “flui” para sólido. Coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. Podemos levar em conta também as várias formas que os átomos dão a matéria. Daí surgiu a conceito de que não podemos entrar no mesmo rio duas vezes, pois, quando entro pela segunda vez, o rio já não é mais o mesmo, pois as águas estão sempre fluindo, e eu também já não sou mais a mesma pessoa. Diante disso, as mudanças são intrínsec...

Luta pela vida.

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No vídeo postado acima, assisti a uma das cenas mais dramáticas de toda a minha vida. Ela me lembra a frase de Laya: “quando não se tem o que perder deve-se arriscar tudo”. A mulher está ilhada numa casa semi destruída. Ali dentro tem uma história, tem a luta de uma vida, os móveis, os eletrodomésticos, documentos, fotos, poucos bens comprados com sacrifício. Mas a casa está submersa, a maior parte destas coisas já foi levada pela correnteza. O volume de água e a sua força faz com que a mulher suba até chegar ao telhado. Agora já não há mais o que fazer, não tem mais para onde ir. A câmera mostra a dura realidade. O que lhe sobrou foram apenas duas coisas: a roupa do corpo e o cachorro que ela segura como um filho. Naquele momento, o melhor amigo do cão era o “homem”. Ela o segura como quem segura o único e último bem que lhe restou. Parece determinada a salvá-lo a qualquer custo. Num ato extremado, num último recurso para livrá-la da morte, vizinhos jogam uma corda para tentar ...

Devemos ouvir música não-evangélica?

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Muitas vezes somos impedidos de ouvir muitas músicas populares devido aos nossos preconceitos. Por outro lado, o oposto também é verdadeiro. Consumimos muito lixo, porque nos foi imposto com uma roupagem evangélica. Devido ao simples fato de uma música falar em Deus, abordar temas sobre a dimensão espiritual não significa necessariamente que aquela música seja sacra ou evangélica. Conheço muitas músicas que são pobres em seus conteúdos doutrinários, eivadas de erros de português, compostas por impulsos meramente comerciais. Será que poderíamos classificá-las como sagradas? Isso nos leva a uma pergunta: O que faz uma música evangélica ou "gospel'? A palavra gospel é a junção de duas palavras God + spell = Gospel significa "evangelho" "boa nova". Ai eu pergunto: Toda música gospel é Palavra de Deus? Evidentemente que não, pois existe muita porcaria por ai que nós denominamos como "gospel". Músicas sem o mínimo de riqueza poética e teológica, voz...

Entre amigos e decepções.

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Nunca fui um homem de muitos amigos, se é que um dia os tive. Conto nos dedos das mãos (os dos pés ficam de fora) as pessoas que me foram muito próximas e que num lapso de extremo otimismo e inocência eu chamei de amigos. Para falar a verdade, não existe de fato aquilo que convencionamos chamar de amigo. A figura do companheiro infalível, sempre disponível, disposto a ajudar em qualquer situação e presente em todos os momentos da vida só existe nas canções apaixonadas e emotivas de cantores como Roberto Carlos. Sabe aquele seu amigo que nunca falhou com você? Foi só uma questão de oportunidade. Nada melhor do que o tempo para revelar a superficialidade de certas relações que acreditamos sólidas, mas que são frouxas como gelatina. As pessoas falham e nos decepcionam com mais facilidade do que imaginamos! A melhor fórmula para cultivar uma relação de camaradagem é nada esperar daqueles que se dizem nossos amigos e fazem juramentos de fidelidade eterna. Para quem não es...

Feliz Ano Novo!

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“Hoje, é um novo dia de um novo tempo que começou. Nesses novos dias, as alegrias, serão de todos, é só querer. Todos nossos sonhos, serão verdade, o futuro, já começou. Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser, quem vier” . Quem não conhece esse jingle da Rede Globo, criado em 1971, por Nelson Mota e Marcos Valle, que acabou tornando-se a canção de final de ano dos brasileiros? 2010 está encerrado. Para muitos, foi um ano dificílimo. Perdas irreparáveis, separações, morte de familiares... Alguns foram vitimados por enfermidade, outros tiveram seus quadros agravados. Hospitais, médicos, remédios... A idade avança e com ela suas dores. Há os que tiveram problemas profissionais, demissão, mudança de função, de emprego, até mesmo falência. Alguns enfrentaram revezes financeiros, dívidas acumuladas, cartões de crédito em atraso, cheque especial, escola das crianças, contas de luz, de telefone, de água... Um ano difícil esse de 2010. Filhos sentiram a ausência dos p...