"Corrigir uma página é fácil. Mas escrevê-la - ah, amigo! - isso é difícil."

domingo, 6 de novembro de 2011

A Oração de Rabia 800 D.C.


Gostaria que todos, sem exceção, deixassem as resistências ou parcialidades de lado, para refletir de forma acurada sobre o alto valor metafórico implícito na oração que se segue: 


“Se eu te adorar por medo do inferno, queima-me no inferno. Se eu te adorar pelo paraíso, exclua-me do paraíso. Mas se eu te adorar pelo que Tu és, não escondas de mim a Tua face”. (Rabia 800 D.C.) 


A bela e significativa oração de Rabia (mulher Iraquiana - 800 DC), resumiu para mim tudo que eu sempre queria dizer, que há tantos anos estava latente em meu ser, e eu não conseguia passar para o meu interlocutor, pois não tinha sabedoria ou palavras para expressar convenientemente essa “Grande Verdade”. Algumas vezes que tentei expressar o meu ponto de vista sobre este tipo de “amor” que para existir não necessita de uma troca, fui muito mal compreendido. 

Imediatamente após ler essa interessante e sábia oração, me veio à lembrança a Parábola do “Bom Samaritano”. A oração de Rabia trouxe para bem perto de mim a figura do Samaritano (excluído da sociedade). Samaritano, como os demais, considerado por muitos como um ser da pior espécie. No entanto, moveu-se de “ÍNTIMA COMPAIXÃO”, porque não dizer “AMOR” prestando imediato socorro a um homem que havia sido assaltado, despojado e espancado, e que jazia quase morto a beira da estrada (Lucas 10: 30 à 37). 

Não me passa, nem nunca passou pela minha cabeça, que aquele ato de AMOR executado pelo Samaritano estivesse vinculado a alguma coisa em troca. O samaritano excluído e marginalizado viu naquela cena a imagem de si próprio refletida no espelho de sua consciência. 

Não! Não! Não tenho nenhuma dúvida, que se houve uma oração por parte do “Bom Samaritano”, foi uma oração idêntica à inspirada por Deus no coração da sua serva “Rabia”. 

Amor ao próximo é a maior prova de adoração a Deus (quem fizer a um desses a Mim o faz). Sim, é possível amá-Lo sem pensar em recompensa ou castigo ─, que me perdoem os pregadores de galardões. 

Prefiro mil vezes acreditar nesse tipo de amor (do Bom Samaritano), do que me render ao “amor” que barganha, que busca os próprios interesses, através de um “pragmatismo gospel” que mais parece um MERCADO de coisas, supostamente apresentadas como sagradas.

Esse espírito de mercado vem de muito longe, pois os filhos de Zebedeu, à época de Cristo, queriam negociar o Reino de Deus, pedindo assentos à direita e à esquerda do Seu Trono. Cuidavam que se devesse servir a Deus por algo que não é Ele mesmo. 

Em resumo, a história do “bom samaritano” se converte hoje naquilo de mais emblemático que Cristo deixou para os que querem entender que no relacionamento humano, o AMOR não pode estar atrelado a CONDICIONAMENTOS ou TROCAS.
ELE É DE “GRAÇA” MESMO. 

A compaixão, de que foi portador aquele samaritano foi espontânea e íntima. Compaixão que não tem esses atributos é pura exibição ou representação. E como qualquer representação, está presa aos falsos valores das estratégias mercadológicas. 

Ame a Deus pelo que Ele é. Que Jesus derrame sua Graça sobre nós e aprendamos a depositar inteiramente nossas vidas Nele!

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo ?


Certa vez disse Gandhi:   "Admiro o vosso Cristo e tudo o que Ele prega, mas não o vosso cristianismo."

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que, no tempo da igreja primitiva se entregou ao Imperador Constantino em troca de cargos e isenção de impostos -, costume esse, que felizmente para uns e infelizmente para outros, ainda hoje reina?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que introduziu as Cruzadas, para em duzentos anos de guerra, praticar roubos e crimes em nome de Deus ─, semelhante a nossa história de D. João VI para cá?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que promovia execuções públicas para concretizar sua intenção de intimidar o povo no tempo das grandes inquisições ─, que de forma escamoteada ainda predomina entre nós?

O que o Cristo tem a ver com esse cristianismo que prendeu e torturou Galileu, só porque ele afirmou, com comprovação científica, que o sol e não a terra, era o centro do nosso sistema planetário ─ fato que ainda hoje faz da ciência a maior inimiga da religião?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo, que no Brasil, a troco de civilização, escravizou os nossos antepassados com um espúrio catecismo imposto a ferro e fogo, e que hoje, com um outro nome (doutrina) ─, faz o mesmo papel?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que restaurou o véu do templo, para ali, tentar falar com Deus sem a intermediação do seu Filho ─, como fazem algumas seitas que não preciso revelar os nomes?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que faz propaganda enganosa de curas, diariamente, com horário pré-estabelecido nas emissoras de televisão?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que estimula e exalta os instintos mais arcaicos dos indivíduos, levando-os, por fim, a uma histeria coletiva grotesca ─, que muitos acreditam ser o mesmo poder que desceu sobre os que estavam reunidos em Jesusalém no dia de Pentecostes ─ acontecimento registrado no livro de Atos dos apóstolos?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que reedita a Sua crucificação ─ ao substituí-Lo por amuletos e réplicas desrespeitosas dos símbolos judaicos, numa heresia nunca vista nos últimos tempos?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que leva multidões de incautos, sem sabedoria, a se reunirem para sessões de quebra de maldições em praça pública ─, invalidando o sacrifício d’Aquele que se fez maldição por nós?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que deturpa o sentido dos versículos bíblicos ─, ao afirmar que, se o crente não possui tudo o que o vil deus Mamon(do dinheiro) oferece, é porque está em pecado?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que faz da Bíblia o livro mais vendido no mundo ─, para simplesmente ser carregada por muitos, em procissões, como imagem de escultura?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que prega e “emprega” ─, mas evita ao máximo, que as almas se disponham a comprovar através do estudo, se o que se alardeia é correto ─ como fizeram os de Beréia?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que divide os crentes em duas classes ─ os de primeira classe são os que têm o dom de glossolalia, e os de segunda classe são aqueles comedidos que só falam o seu idioma pátrio?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo, que de forma engenhosa e sutil, continua nos nossos dias iludindo a muitos ─ com seu discurso hedonista, recheado de atraentes guloseimas que empanturram o corpo e enfraquecem o espírito?

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo de pífios espetáculos e práticas escandalosas, cujos líderes promovem em nome de Deus para aumentar seus mini$tério$ com a desculpa de estarem trabalhando em prol do Reino de Deus.

O que Cristo tem a ver com esse cristianismo que possui líderes em disputas engalfinhadas para se apoderar do farto comércio do “butiquim gospel”?



NA REALIDADE, MEU IRMÃO, CRISTO NÃO TEM NADA A VER COM ESSE SIMULACRO DE CRISTIANISMO, QUE VEM SENDO DIFUNDIDO DESDE OS TEMPOS MAIS REMOTOS ─ PELOS QUATRO CANTOS DA TERRA. REALMENTE O QUE JESUS CRISTO NOS ENSINA ATRAVÉS DE SUA PALAVRA, REGISTRADA NA BÍBLIA NÃO PODE SER ASSOCIADO COM O "CRISTIANISMO" FALSIFICADO, HIPÓCRITA, CHEIO DE IDOLATRIA POR DINHEIRO E BENS MATERIAIS, HISTÉRICO EM SUAS EMOÇÕES, AUTENTICADO POR LÍDERES CORRUPTOS E RÉPROBOS QUANTO A SUA FÉ.

DE FATO AS PROFECIAS DO APOCALIPSE SE CUMPREM EM TODOS ESSES FATOS. CABE A NÓS O ESPERARMOS EM DEUS, OBSERVANDO MAIS ATENTAMENTE A SUA PALAVRA, PARA QUE NÃO INCORRAMOS NO IRÔNICO ERRO DE ESTARMOS PERDIDOS COM UMA BÍBLIA NA MÃO, COMO MUITOS TÃO NITIDAMENTE NOS TEM DEMOSTRADO.

É TEMPO DE VIGILÂNCIA, ORAÇÃO E SOBRIEDADE NO ESPÍRITO!

                                                          
               Texto de Levi Bronzeado adaptado por João Henrique, via blog Genizah.
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